Considerações práticas#
Escolha da objetiva#
As objetivas do microscópio têm vários recursos que devem ser considerados ao decidir qual objetiva é a certa para o seu experimento
Ampliação e resolução: quanto maior a abertura numérica (NA) da lente, maior a resolução que se pode obter em sua amostra. O NA é calculado como \(NA=RI * sin(θ)\), relacionado tanto ao índice de refração da amostra, vidro e o meio de imersão, bem como ao intervalo de ângulos de luz emitida que pode ser coletada na lente. A menos que técnicas especiais sejam usadas, o limite típico é calculado como \(d = λ / 2NA\), o que significa que a resolução é definida pelo NA da lente, mas também pelo comprimento de onda da luz utilizada para a geração de imagens.
Correção de cores: Ao realizar a microscopia multicolorida, é importante escolher uma lente objetiva rotulada como “Apo” ou “Super Apo”, pois essas lentes são corrigidas para focar de 3 a 6 cores no mesmo plano ao mesmo tempo. As lentes
Fluor
normalmente focam duas cores ao mesmo tempo.Distância de trabalho: A distância de trabalho (WD) dá a distância em milímetros que a lente pode focalizar na amostra. Essa distância inclui a lamínula e o meio de montagem. Ao obter imagens de uma amostra espessa e/ou se precisar obter imagens longe da superfície da amostra, é importante garantir que a lente tenha uma distância de trabalho suficiente.
Conjuntos de filtros#
É importante certificar-se de que o microscópio no qual você deseja obter imagens possui os conjuntos de filtros corretos para os fluoróforos que deseja usar. Veja a seção sobre bleedthrough para mais informações.
amostragem em Z#
Se você deseja capturar várias seções z, o espaçamento dessas seções é importante se desejar realizar uma reconstrução 3D precisa. O site da SVI tem uma explicação matemática mais completa sobre isso, bem como uma [calculadora online] fácil de usar (https://svi.nl/NyquistCalculator) que você pode usar para calcular o espaçamento ideal da seção z para suas condições de imagem.
Potência/velocidade de aquisição#
A quantidade de sinal capturado de qualquer fluoróforo estará relacionada não apenas ao brilho intrínseco do fluoróforo, mas também à quantidade de luz de excitação à qual ele é exposto (devido à duração, potência ou ambos), bem como à quantidade de tempo e a multiplicação do sinal que acontece no detector (normalmente uma câmera ou um tubo fotomultiplicador (PMT)). Um experimento ideal é tipicamente aquele que minimiza a quantidade de luz que atinge a amostra (para reduzir o fotobranqueamento e/ou fototoxicidade) enquanto obtém sinal fluorescente adequado e em tempo mínimo no equipamento. Como equilibrar esses fatores concorrentes dependerá da biologia exata que está sendo estudada e das restrições do pesquisador.